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Suei. Caminhar alguns minutos de salto alto e roupa social cansa. Não sei ao certo se agradeço aos céus por ter feito um dia quente ou se praguejo alguma coisa do tipo ” essa cidade tem um tempo maluco”. Chego em casa já largando a bolsa para um lado, o sapato alto para outro, o casaco (que pela manhã bem cedo fez-se necessário para me proteger do frio glacial) neste momento está empapado de suor dos meus braços. Jogo tudo num canto e e deixo a água morna, quase fria, levar este calor embora.

Nada melhor do que após um bom banho colocar uma camiseta grande e me deixar levar pelas inutilidades da internet e conversas gostosas. A janela está aberta, o frescor que a água proporcionou já começa a me incomodar, fecho a janela. Minhas mãos geladas disputam com o rosto e o restante do corpo quente. Papo está bom, mas está a hora de ir para faculdade.

A dúvida agora é: lá fora tá quente ou frio? Ponho um vestido com um casaco por cima. Surprendo-me com o calor da noite! Siiim, calor! O casaco fica no carro, afinal não são todas as noites que se pode usar vestido e sandálias. Mas na faculdade o frio volta a encher o saco. Mas dessa vez não é o frio que sinto quando o tempo despenca 5 graus sem aviso prévio. É o frio na alma, aquele frio que tento esquentar com um sorriso de boa noite ou um “como vai” para um conhecido. Este frio parece ser transmitido, como se transmite uma cultura, um hábito ou uma doença, ele só vai embora quando me cerco de pessoas “quentes” , e devo explicar para os senhores que pessoas quentes estão em falta no mercado curitibano.

Na hora de voltar para casa, nas ruas perfeitas da cidade bem sinalizada dá vontade de estar num lugar que conheço muito bem e em que nada parece com a beleza de Curitiba, mas no entanto um certo tipo de calor que existe por lá me faz tão bem…

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